Sabe aqueles
quebra-cabeças feitos com dois pregos entortados e encaixados, em
que você tem que descobrir como desencaixá-los. Pois é, Alfredo
ganhara um de presente, e, obviamente, quem o presenteou não ensinou
o segredo, deixando a ele descobrir por conta própria.
Nos primeiros dias
Alfredo se entregou avidamente ao quebra-cabeça. Tentou de tudo o
que pôde sem sucesso.
Com o passar do tempo,
foi diminuindo o manuseio, mas não tirava o brinquedo do bolso, e
pior, da cabeça. Dormia e acordava pensando nisso. Já se tornava
uma obsessão.
Um dia, caminhando
pela praia, tropeçou em um objeto de metal. Era uma lâmpada,
daquelas de Aladim.
- Será?...
Esfregou. Não custava
nada...
E não é que saiu de
dentro um gênio. Não era parecido com o do desenho, parecia mais
um cantor de trio elétrico, mas fez a mesma oferta: Em agradecimento
por sua libertação, conceder-lhe-ia um desejo.
- Mas não eram três?
- Não, respondeu o
gênio. Isso era coisa do cinema americano. Segundo o Conselho
Regional dos Gênios, a remuneração básica do libertador (a título
de honorários) era de um pedido, e o gênio não queria ter
problemas com o CRG.
O gênio esclareceu
que Alfredo podia pedir qualquer coisa, pois sua habilitação era de
sênior, o que lhe conferia poderes ilimitados (menos, é claro, o de
sair sozinho da lâmpada).
Alfredo então sorriu
como criança, e sem refletir pediu: - Quero que você me mostre a
solução de como eu desencaixo estes dois pregos...
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As vezes focamos tanto
um problema bobo que deixamos a oportunidade da nossa vida passar.
Faça um balanço dos
“quebra-cabeças” que você carrega no bolso, organize-os em
ordem de prioridade, jogue fora aqueles que não são realmente
importantes, mesmo que muito interessantes.
Desapegue-se para que não
se tornem obsessão.
Observe a sua volta
com mais atenção.
Pode ser que você já
esteja com a lâmpada mágica nas mãos e nem tenha se dado conta.
Um Abraço Fraterno