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terça-feira, 16 de julho de 2013

Os elefantes voadores


Dois caipiras, ou "cumpadis", estavam sentados na varanda da casinha de madeira, preparando seus
cigarrinhos de palha e apreciando o por do sol.
Em dado momento, ouvem um barulho forte, que vem se aproximando: praum, praum, praum...
Olham para o céu e veem um elefante voando ( o barulho é das asas batendo).
Observam calados. O elefante some no horizonte, e os dois, sem dizer palavra, retornam ao que estavam fazendo.
Passados alguns minutos, o mesmo barulho, mais forte: Praum, Praum, Praum...
Olham para o céu, e desta vez veem dois elefantes voando, seguindo na mesma direção do outro.
Os caipiras observam intrigados os dois paquidermes sumindo no horizonte. Como antes, nenhum fala nada, e voltam aos seus cigarrinhos de palha.
Mais alguns minutos, o barulho ressurge, e bem mais forte: PRAUM, PRAUM, PRAUM...
Agora são quatro elefantes alados, voando para o horizonte.
Quando os animais somem, um deles não se aguenta e diz: 
- O que é que ocê me diz cumpadi?
Este olha para o horizonte, coça o queixo e responde: 
-Eu acho que o ninho deles é pra lá?

* * * * *

Você pode não saber explicar o que vê, você pode até não entender o que vê, o que você não pode é negar o que vê.


texto escrito com base em anedota contada por Rolando Boldrin, no programa Sr. Brasil de 07 de julho de 2013.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Oração de Dante


Quando a escura floresta caiu perante mim
E todas a trilhas ficaram cobertas
Quando os padres do orgulho disseram que não havia outro caminho
Cultivei mágoas de pedra

Eu não acreditava porque não podia ver
Embora tu vieste a mim pela noite
Quando o amanhecer pareceu perdido para sempre
Mostraste-me o teu amor na luz das estrelas

Lance seus olhos ao oceano
Lance sua alma ao mar
Quando a noite escura parecer infinita
Por favor, lembre-se de mim

Então a montanha se elevou diante de mim
Pelo profundo poço dos desejos
Da fonte do perdão
Além do gelo e do fogo

Lance seus olhos ao oceano
Lance sua alma ao mar
Quando a noite escura parecer infinita
Por favor, lembre-se de mim

Embora partilhemos deste humilde caminho, sozinhos
Como é frágil o coração
Oh, dê a estes pés de barro - asas para voar
Para tocar a face das estrelas

Sopre vida dentro deste fraco coração
Suspenda este véu mortal de medo
Leve estas esperanças despedaçadas, marcadas com lágrimas
Nos ergueremos sobre estas preocupações mundanas

Lance seus olhos ao oceano
Lance sua alma ao mar
Quando a noite escura parecer infinita
Por favor, lembre-se de mim

Por favor, Lembre-se de mim...


Tradução da música Dante’s Payer, do álbum The Book of Secrets, de Loreena McKennitt-Quinlan Road, Warner Bros,1997