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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Aprenda...



APRENDA:

        QUANDO OUVIRES, DUVIDA DOS TEUS OUVIDOS;

        QUANDO VERES, DUVIDA DOS TEUS OLHOS;
       
        E, QUANDO FALARES...
       
        ...BEM, 
                         ...NA DÚVIDA NÃO FALES.

Um Abraço Fraterno
                                                                                                                                     Antonio Canhedo

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O Livre Arbítrio.

Quando nascemos encontramos um mundo pronto, com leis, naturais e humanas, já prontas, as quais regem as nossas vidas e, malgrado nosso, nossos atos e vontades.
Onde então o livre arbítrio?
De fato tudo já está pronto, a duração dos dias e noites, a duração de nossa vida, as doenças as quais somos suscetíveis, a necessidade de trabalhar para a sobrevivência, as estações climáticas, com frio e calor, as pessoas com todos os seus defeitos, o planeta em si, com suas matérias-primas, próprias e limitadas. Nada disso podemos mudar de acordo com nossas conveniências.
Mas de uma coisa somos senhores: da forma como nos posicionamos e comportamos diante de tudo. Aí está o nosso livre arbítrio.
O Cristo nos asseverou que o Pai faz erguer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos(Mt-5,45).
Não podemos adiantar ou retardar estes eventos, mas podemos aproveitá-los em nosso favor.
Enquanto alguns se encolhem sob algum abrigo, reclamando da chuva que não os deixam sair para se divertirem, outros criam sistemas de recolhimento e armazenamento para aproveitar a água da chuva, a ser utilizada na rega do jardim ou na lavagem do carro, reduzindo assim a conta de água.
Muitos reclamam do calor, outros aproveitam a estiagem para fazer a limpeza do telhado, ou pintar a casa.
Para os primeiros, a chuva ou o sol, são entraves, para os últimos são bençãos.

O mesmo raciocínio vale para as relações humanas.
Quando alguém te critica, fica com você a escolha de como receber e avaliar esta crítica. Você pode ver o crítico como um adversário, que quer derrubá-lo a qualquer custo, ou pode tê-lo como um observador atento, que o ajuda a detectar seus pontos fracos, pontos que precisam ser melhorados, de uma forma que um amigo não faria, ou por gentileza ou por só ver em você qualidades. O crítico pode ser seu inimigo, ou pode ser seu bem feitor.

O que faz de alguém seu inimigo não é o efeito dos seus atos ou palavras, e sim a intenção de fazer-lhe ou não mal, afinal os amigos, muitas vezes, também nos fazem mal, apesar de bem intencionados. Um amigo, que te oferece um cigarro, por exemplo, não o faz por querê-lo mal.

*********

 
Ter uma postura positiva diante de tudo é a melhor maneira de encontrar o lado útil dos eventos.

Pense nisso.


Um Abraço Fraterno

Antonio Canhedo

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Os filhos de Deus


Tenho ouvido várias teses e pontos de vista tentando dizer quem é ou não filho de Deus.

É comum nas diversas religiões, os sacerdotes e praticantes apregoarem que você não nasce filho de Deus, mas se torna; e, de preferência, na igreja deles.
Argumento eu: se Deus criou tudo e todos, então somos todos filhos de Deus.
Respondem eles que somos criaturas de Deus, e, depois, de acordo com as regras ensinadas por estas igrejas, nos tornamos filhos de Deus.

Para mim parece mais uma questão de semântica que filosófica.

Então comecei a pesquisar na Bíblia, que é o livro de cabeceira de todo cristão.
Mas a coisa continua confusa.
No Velho Testamento, o termo filho de Deus é usado em ocasiões sem conta (bom, eu, pelo menos, não me dei ao trabalho de contar), todavia a conotação varia de acordo com o autor.
Pensando em afinar mais o critério, foquei nas palavras de Jesus.
Por mais veneráveis tenham sido os outros autores, eram homens como eu; Jesus porém, mesmo tendo nascido como eu, trouxe consigo sua incontestável autoridade, acima de todos os outros autores, sendo, portanto, fonte fiel.

Um detalhe: Jesus não deixou gravada nenhuma linha.
Então temos que colher suas palavras nos livros escritos por aqueles que as registraram, os seus Apóstolos, e seus discípulos.

Fiquei surpreso ao constatar que nos Evangelhos acontecem também as conotações sob ponto de vista pessoal.

Em apenas um versículo, de toda a Bíblia, Jesus diz, clara e objetivamente, quem será chamado de filho de Deus:
Mt - 5,9. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!

Os pacíficos serão chamados de filhos de Deus.
Existe mais alguma condição? Não sei. Se existe, Jesus não disse. Ou talvez não disse por que não existe.
O que posso afirmar com segurança é que, para ser chamado de filho de Deus, eu devo ser pacífico. Todas as outras condições apregoadas são conclusões baseadas em opiniões pessoais; muitas das quais veneráveis, é verdade, mas são pontos de vista, dignos de análise criteriosa, antes de serem aceitas.

O que é ser pacífico então?

O dicionário Aurélio define Pacífico como amigo da paz, sossegado,manso, tranquilo.

Interessante notar que Jesus, em várias ocasiões saudava as pessoas com "Que a Paz esteja convosco".
A Paz recebeu tamanha importância de Jesus, ao ponto de Ele definir os pacíficos como filhos de Deus; Ele se declarou manso e humilde(Mt-11,29), que são sinônimos de pacífico, e declarou que os mansos possuirão a terra (Mt-5,5).
Recomendou e desejou a Paz:
Mt-10,12 - Entrando numa casa, saudai-a: Paz a esta casa.
Mc-5,34 - Mas ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal.
Mc-9,50 - Tende sal em vós e vivei em paz uns com os outros.
Lc-2,14 - Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência.
Lc-24,36 - Enquanto ainda falavam dessas coisas, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: A paz esteja convosco!
Jo-14,27 - Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize!
Jo-16,33 - Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo.

E as citações não param por aí.

E, se você, caro leitor, conseguiu encontrar nas Sagradas Escrituras, algo diferente, divida conosco.

* * * * *

Ser Pacífico, semear a Paz.
Ser chamado Filho de Deus.


Um Abraço Fraterno,
Antonio Canhedo.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Quando um de nós morre...

Quando um de nós morre, fica-nos uma sensação estranha. Por mais nos preparemos, estudemos, tenhamos Fé, nos incomoda.
Usamos então os mais variados termos: foi embora, subiu, foi para o céu, nos deixou, partiu na frente, descansou.
Isto por que tentamos amenizar, muito mais por nós, numa tentativa de facilitar a aceitação daquilo que ainda não assimilamos, da "ficha que não caiu".
Falo na primeira pessoa do plural, porque este também é meu sentimento.
No meu caso, em particular, pesa a lacuna do que não foi conversado, do que não foi dito, do que não foi compartilhado.
Fica a lacuna de não ter tido tempo de desfrutar da companhia de um Amigo de longa data, que eu não tive tempo de conhecer.
Quantas experiências a absorver, quantas histórias a ouvir, quantos pontos em comum para concordar, e divergências a discutir.
Quanta Amizade para desfrutar.
Mas, a Divina Soberania deve ser respeitada. Engolimos o choro, em respeito e confiança Àquele que a tudo rege.

Pai, perdoe-nos a tristeza.
Não é por falta de Fé não, é só saudade mesmo.
Mas que seja feita a Tua vontade, e não a nossa, pois é a Tua que conta.

Vá com Deus, Amigo Alfredo.

Um Abraço Fraterno
Antonio Canhedo

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Esperança e expectativa


Porém agora permanecem estas três coisas: fé, esperança e caridade. Porém, a maior delas é a caridade. Cor 13,13

Esperança e expectativa são coisas muito próximas, mas com uma diferença essencial: a expectativa é baseada em probabilidades, algo que, conforme um projeto, um histórico, etc... tem tudo para acontecer, mas, como está no futuro, guarda um grau de incerteza.
Já a esperança é baseada na Fé, na confiança.
Um exemplo para entendermos melhor:
Imagine você em um carro, você precisa parar e pisa no freio. Você tem a expectativa de que ele vai parar o carro, porque foi projetado para isso, você faz as manutenções periódicas, e ele sempre parou o carro, logo, tudo indica que desta vez vai parar de novo.
Mas, por alguma razão, o freio não atuou. A certeza foi embora.
O que surge então? A esperança de que outra coisa vai parar o carro.
O que seria esta outra coisa? Bom isto é outra divagação.
Cada um deposita sua esperança no que lhe é peculiar.
No meu caso, em particular, minha esperança é em Deus, pois a minha fé é direcionada a Ele, porque fé é isto, é confiança.
Alguém já disse que a esperança não é a última que morre, e sim a última que nasce.
Quando tudo aquilo que era concreto e certo desaparece, quando o esteio rui, quando o chão afunda, quando a saúde vai embora, começa a nascer a esperança.
E o tamanho desta esperança é proporcional ao tamanho da nossa fé, que por sua vez, é respondida de acordo com o objeto da nossa fé.
Alguns tem fé no dinheiro, afinal o dinheiro compra tudo. Outros tem fé nas autoridades, que afinal mandam em tudo. Outros tem fé na amizade, afinal os amigos são para todas as horas.
A lista é grande.
Mas todas estas coisas, são coisas. No fundo também são expectativas, por que são baseadas em históricos e probabilidades, e são humanas, o que piora tudo. São falíveis.
Já a fé em Deus é baseada no Imutável, nAquele que criou tudo e todos, no Onipotente, Onipresente e Onisciente.
Saiamos do exemplo dado acima, porque nele o tempo de resposta é curto.
Vamos pensar em formas mais belas da esperança.
A esperança de trazer de volta ao caminho reto um filho desorientado. Ou o restabelecimento da saúde de um ente amado.
São esperanças que temos, sustentadas pela nossa fé nO Criador.
Mas a resposta a nossa esperança requer alguma contra partida.
O Criador não exige um pagamento em troca, mas nós precisamos nos colocar em posição de receber a resposta à nossa esperança.

Paulo, num de seus voos ao alto, escreveu o lindo poema que é o capítulo XIII, na primeira epístola que escreveu ao povo de Coríntio. Neste capítulo, quando ele fala nas três virtudes teologais, fé, esperança e caridade, nos dá o caminho para nos colocar em condição de receber as respostas às nossas esperanças. A maior das três virtudes, a Caridade.
E vai além, quando descreve o que é caridade, de uma forma inequívoca:

Verso 4. A Caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não faz sem razão, não se incha.
Verso 5. Não trata indecentemente; não busca seu proveito; não se agasta; não cuida mal.
Verso 6. tudo encobre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Verso 7. a caridade nunca se perde.
A prática da caridade é o que nos coloca na condição de sermos merecedores das respostas às nossas esperanças.

Talvez você esteja se perguntando: E o amor a Deus?

O amor a Deus é a condição magna, mas como João nos explica, se não amamos nosso semelhante, a quem vemos, como amaremos a Deus, a quem não podemos ver?

Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, é louvar a Deus dando graças por tudo, e praticar a caridade com o nosso semelhante.

Esta é a Lei, estes são os Profetas.

Esta é a minha Esperança.


Um Abraço Fraterno
Antonio Canhedo


P.S.: citações bíblicas copiadas da tradução feita por João Ferreira de Almeida, 1ª edição, impressa pela Companhia da India Oriental, em 1681.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Os elefantes voadores


Dois caipiras, ou "cumpadis", estavam sentados na varanda da casinha de madeira, preparando seus
cigarrinhos de palha e apreciando o por do sol.
Em dado momento, ouvem um barulho forte, que vem se aproximando: praum, praum, praum...
Olham para o céu e veem um elefante voando ( o barulho é das asas batendo).
Observam calados. O elefante some no horizonte, e os dois, sem dizer palavra, retornam ao que estavam fazendo.
Passados alguns minutos, o mesmo barulho, mais forte: Praum, Praum, Praum...
Olham para o céu, e desta vez veem dois elefantes voando, seguindo na mesma direção do outro.
Os caipiras observam intrigados os dois paquidermes sumindo no horizonte. Como antes, nenhum fala nada, e voltam aos seus cigarrinhos de palha.
Mais alguns minutos, o barulho ressurge, e bem mais forte: PRAUM, PRAUM, PRAUM...
Agora são quatro elefantes alados, voando para o horizonte.
Quando os animais somem, um deles não se aguenta e diz: 
- O que é que ocê me diz cumpadi?
Este olha para o horizonte, coça o queixo e responde: 
-Eu acho que o ninho deles é pra lá?

* * * * *

Você pode não saber explicar o que vê, você pode até não entender o que vê, o que você não pode é negar o que vê.


texto escrito com base em anedota contada por Rolando Boldrin, no programa Sr. Brasil de 07 de julho de 2013.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Oração de Dante


Quando a escura floresta caiu perante mim
E todas a trilhas ficaram cobertas
Quando os padres do orgulho disseram que não havia outro caminho
Cultivei mágoas de pedra

Eu não acreditava porque não podia ver
Embora tu vieste a mim pela noite
Quando o amanhecer pareceu perdido para sempre
Mostraste-me o teu amor na luz das estrelas

Lance seus olhos ao oceano
Lance sua alma ao mar
Quando a noite escura parecer infinita
Por favor, lembre-se de mim

Então a montanha se elevou diante de mim
Pelo profundo poço dos desejos
Da fonte do perdão
Além do gelo e do fogo

Lance seus olhos ao oceano
Lance sua alma ao mar
Quando a noite escura parecer infinita
Por favor, lembre-se de mim

Embora partilhemos deste humilde caminho, sozinhos
Como é frágil o coração
Oh, dê a estes pés de barro - asas para voar
Para tocar a face das estrelas

Sopre vida dentro deste fraco coração
Suspenda este véu mortal de medo
Leve estas esperanças despedaçadas, marcadas com lágrimas
Nos ergueremos sobre estas preocupações mundanas

Lance seus olhos ao oceano
Lance sua alma ao mar
Quando a noite escura parecer infinita
Por favor, lembre-se de mim

Por favor, Lembre-se de mim...


Tradução da música Dante’s Payer, do álbum The Book of Secrets, de Loreena McKennitt-Quinlan Road, Warner Bros,1997

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Árvore da Sociedade.

"Assim que por seus frutos os conhecereis."
(Mt VII,20)

Imagine você uma árvore doente, dando frutos defeituosos, alguns até podres. Agora imagine o agricultor tentando resolver o problema atuando sobre os frutos. Colocando remédio diretamente nos frutos, dando polimento com um pano em alguns, isolando outros para que não fiquem doentes pela proximidade com os demais, chegando a remover e jogar fora os que estão podres. E nunca entendendo porque a árvore não melhora.
Você deve estar pensando que atuar somente nos frutos não resolve e nem remedia o problema. A planta está doente. E como tratar uma planta doente? Tratando a raiz.
Agora compare esta árvore com a sociedade. Os frutos da sociedade são os cidadãos. Quando os cidadãos começam a se tornar criminosos, é por que a sociedade está doente.
Não adianta aplicar as soluções sobre os cidadãos, tentar maquiar os comportamentos criando leis cada vez mais sem sentido, incapazes de reger o comportamento destes cidadãos. Isolar os que ainda não foram contaminados só retarda a contaminação, mas não impede. Prender os que se tornam insuportáveis, ou partir para a barbárie de executá-los não surte efeito benéfico nenhum nos demais.
Assim como, para produzirmos frutos sadios temos que tratar a árvore, para termos cidadãos socialmente sadios, temos que tratar a sociedade.
E tratá-la na sua raiz.

A raiz da sociedade está na instituição familiar.
Os remédios, os programas, a educação e saúde, enfim, as soluções devem ser direcionadas às famílias.
Não tenho dados estatísticos em mãos, mas, afirmo com segurança que, na quase totalidade dos casos de pessoas que enveredam pelo caminho do crime, sempre temos como ponto de partida uma família sem estrutura. E não estou falando de família pobre, estou falando de família sem estrutura, principalmente moral.
O professor Içami Tiba tem uma frase forte que exemplifica bem isto :
"A mãe que leva seu filho à igreja, não vai buscá-lo na cadeia".
Mas não é só frequentar uma igreja que vai resolver tudo. A frequência na igreja ajuda a formar as bases morais, mas existe todo um trabalho grande a ser feito.
Educação (de qualidade) também é um componente essencial. Saúde, eficiente e de fácil acesso. Cultura, na forma de música, teatro, cinema, museus, zoológicos, com preços acessíveis, e tudo passado pelo filtro do bom senso, pois cultura que nos exorta a hábitos desagradáveis e desrespeitosos só piora.
Trabalho digno é de suma importância. Aqui cabe um aparte: a legislação em vigor chama indiscriminadamente o trabalho de menores de idade de exploração. Cria-se nas crianças a ideia que trabalhar é ser explorado, que trabalho é uma coisa ruim. Então, os pequenos trabalhos domésticos que antigamente se atribuía aos menores, tais como recolher o lixo, arrumar o quarto, lavar o prato que usou, ou até dos demais membros da família, a divisão de tarefas do lar, que tem a função de desenvolver o entendimento que numa sociedade todos tem que fazer a sua parte, por menor que seja, passam a ser encarados como exploração, e o indivíduo cresce entendendo que todos a sua volta tem obrigação de cuidar dele. Estamos criando uma geração de egocêntricos, que acreditam que o mundo orbita em torno deles.
Falar em levar os pequenos para aprender o ofício do pai ou da mãe então, é passível de cadeia.
Existe sim a exploração do trabalho infantil, mas é preciso separar o que é exploração de aprendizado. Mas isto é uma discussão para outro artigo. O ponto que quero chegar é que é importante habituar as crianças com os rudimentos da responsabilidade, para que quando forem adultos, possam se adaptar a responsabilidade propriamente dita, com naturalidade, sem choques e sem imposições, conscientes de que o seu direito é proporcional ao dever cumprido.

Numa sociedade onde é cada um por si, não é possível desenvolver um ambiente saudável e fraterno.
Se queremos consertar o meio em que vivemos, comecemos pela raiz, comecemos pela família.
Você faz parte de uma, talvez como pai ou mãe, ou como filho, ou tem um circulo de amigos.
Comece desde já a cultivar nas pessoas a sua volta uma sociedade melhor, dê o exemplo, aconselhe a seguir o caminho da coletividade, do respeito ao direito e espaço do outro, não dando espaço aos apelos da mídia perniciosa. Ensine as crianças, mesmo que não sejam seus filhos, dando bons exemplos.
Faça a sua parte, por menor que ela pareça.
Um pouquinho de adubo na raiz sempre ajuda.

Um Abraço Fraterno
Antonio Canhedo

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Aprenda a se levantar

Você já deve ter visto algum rodeio, ou pelo menos cenas de um rodeio. Normalmente se dá maior enfoque aos tombos, que são um espetáculo a parte. É fantástico como eles voam metros acima do chão, caem e, num piscar de olhos, já estão de pé.
Isto é porque eles tem uma técnica própria para cair, e como sabem cair sem se machucar, ou pelo menos sem se machucar muito, levantam-se rápido, batem a poeira, e saem risonhos, acenando para a plateia, sem esquecer do chapéu.
Nesta plateia tem gente torcendo para que tudo acabe bem, e também gente torcendo para que ele se machuque, mas ele não busca identificar diferenças entre as pessoas da plateia, apenas sorri e agradece a todos por igual, e, principalmente, agradece a Deus, que o protegeu.
Esta técnica de cair eles aprendem não só com a própria experiencia, mas também buscando a experiencia de outros que vieram antes e lhe ensinaram o que sabiam. Ele, por sua vez, aproveita tudo o que lhe passaram, dá um toque pessoal, aperfeiçoa a técnica, e fica melhor que os seus antecessores. Depois, quando se aposentar, ele repassa para outro mais novo, que por sua vez será melhor que ele, o que o encherá de orgulho.
Conosco o processo é semelhante. A cada vez que caímos, adquirimos experiencia, e vamos aprendendo a cair sem machucar, e a levantar rápido.
Aproveitemos o exemplo dos peões: Ao cair, caia de forma a não se machucar tomando ações preventivas e corretivas para amortecer a queda, pois, assim como no rodeio, você não vai ficar em cima do touro para sempre. Você vai cair. É só uma questão de permanecer o maior tempo possível.
Outro bom exemplo a ser seguido é, ao levantar, sorrir e agradecer a todos a sua volta, sem procurar identificar quem torceu a favor ou contra, pois isto realmente não importa.
Terceiro exemplo, que é o objetivo deste artigo: busque na experiencia de quem veio antes de você as técnicas para se prevenir da queda, de como se comportar durante e depois da queda. Existem várias fontes, mas a melhor que eu conheço é o evangelho de Jesus. O Mestre, quando caminhou entre nós, deixou, através do exemplo pessoal, o código de conduta mais completo que pode existir. Ele nos ensinou a amar os inimigos, a fazer o bem incondicionalmente, a ser bom e honesto, a fazer ao próximo como gostaríamos que fizessem conosco, a dar a outra face, e sobretudo, a amar a Deus sobre todas as coisas, lembrar sempre que tudo está de acordo com a vontade do Pai (Abba, como ele dizia). Nos ensinou que ter fé é confiar que a nossa queda foi com o consentimento de Deus, e se Ele consentiu, então é porque algo de bom resultará desta queda. Isto é ter fé.
Quarto exemplo : coloque o chapéu e mantenha a elegância, não por orgulho, mas porque não temos o direito de causar constrangimento nos outros por conta dos nossos problemas.
Quinto exemplo: seja melhor que seu antecessor, e prepare alguém para ser melhor que você. Os últimos serão os primeiros, lembra?
Sexto, e mais importante exemplo: peça proteção antes de montar o touro, mas nunca esqueça de agradecer a Deus, durante e após o tombo.


Um Abraço Fraterno.