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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O Balde pequeno

      Conheço uma psicóloga que outro dia me contou a seguinte história: 
      Ela trabalhava em um hospital, junto com crianças que, devido ao tratamento agressivo, ficavam com a imunidade baixa.
      Havia neste hospital um parquinho onde, as crianças que estavam com a imunidade um pouco melhor, podiam brincar.
      Bem, ela me contou que uma menininha em espacial chamou sua atenção. Esta menininha estava sempre se envolvendo com as outras crianças, tentando, a todo custo ajudar os outros coleguinhas de infortúnio.
      Obviamente ela não conseguia ajudar a todos, e se sobrecarregava com isto.
      Num dia em que esta menininha pode ir ao parquinho, a psicóloga a acompanhou.
      A menininha quis brincar no castelinho, junto com as crianças maiores do que ela, e foi direto brincar com areia. Pegou logo de cara o balde maior. A Tia perguntou:
     - Este balde não é muito grande? Você vai conseguir carregar?
     - Posso sim Tia, com ele eu carrego mais.
     - Mas não é melhor você pegar um balde menor?
     - Não Tia, com esse demora muito.
      Então a Tia não interferiu mais, mas também não ajudou. Apenas ficou por perto observando, e obviamente cuidando para que ela não se machucasse na empreitada.
      Bem, aconteceu o que era de se esperar: a menininha encheu o balde até derramar, e não conseguiu erguer.
      Foi a vez da Tia intervir mais uma vez: Por que você não usa o menor?
     - Mas Tia, vai demorar muito.
     - Eu sei, mas, pelo menos, você estará fazendo dentro do seu limite. Não adianta você tentar carregar tudo de uma vez, além da sua capacidade. É melhor você fazer um pouquinho de cada vez.
      E foi o que aconteceu. A menina esvaziou o balde grande, pegou o menor, e transportou a areia em várias viagens, tudo dentro do seu limite.

      Deixo a moral da história para você, caro leitor.

      Um Abraço Fraterno.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Conhecereis a Verdade...

Pássaros em formação de V

Ao contrário do que muita gente apregoa, as leis divinas não foram ofertadas em um único ponto do globo, nem em um único momento e, muito menos, a um único povo
Desde que o ser humano começou a desenvolver o discernimento, mensageiros tem sido enviados, a todos os povos e todos os pontos do globo, trazendo preceitos de moral e fraternidade.
Todavia, quando estes mensageiros terminam sua missão e retornam, logo os discípulos que ele formou começam a se organizar e surge uma nova corrente religiosa. Junto com esta organização surge a hierarquia, e começam a aparecer líderes que se intitulam os embaixadores do seu profeta, e até mesmo, intermediários entre a humanidade e A Divindade.
Então, quando os preceitos começam a se distanciar demais do original, um novo mensageiro vem para recolocar a coisa nos trilhos.
Infelizmente nem todos aceitam estas correções, ocorrendo normalmente uma cisão em uma nova corrente religiosa. O novo grupo passa a ser chamado de rebelde, ou na melhor das hipóteses, progressista, e os que insistem em manter a versão anterior são chamados de conservadores ou ortodoxos.
Não é incomum uma parte destes conservadores tomarem uma posição radical, tornando-se violentos. Estes são os fundamentalistas.
Antes que alguém pense que me refiro especificamente ao Islã (que aliás eu respeito) quero lembrar que o Judaísmo também teve a sua fase fundamentalista quando perseguiu e executou sumariamente os primeiros cristãos, e a Igreja Católica também quando organizou cruzadas e instituiu a santa inquisição, isto só para mencionar alguns casos, pois com um pouco de pesquisa o leitor poderá encontrar registros de fases fundamentalistas em outras religiões.
Em um determinado momento da história, O Cristo, que eu aprendi a respeitar como O Divino Arquiteto do nosso planeta, julgou necessário peneirar tudo o que já se havia dito, separando o joio do trigo, como Ele mesmo disse. E para dar autoridade ao peneirado, ele veio pessoalmente fazer o trabalho.
Ele teria capacidade de vir em vários pontos simultaneamente, mas novamente aconteceria a confusão, pois cada nova corrente que nascesse, seus discípulos reinvindicaríam o direito de posse à Verdade. Sendo assim, escolheu vir na região que tinha melhores condições de disseminar sua cultura mundo afora e através dos tempos, e no meio de um povo cujas leis morais estivessem mais próximas dos preceitos que tinha para enunciar. No primeiro caso eu me refiro ao Império Romano, e no segundo caso ao povo judeu.
Mas Ele mesmo já sabia que com o passar do tempo suas palavras seriam distorcidas, e com interpretações equivocadas. Deixou claro que não seria possível dizer tudo naquele momento, que no futuro enviaria outro mensageiro pra ir aparando as arestas que naturalmente iriam surgir.
Na verdade Ele enviou vários outros como Francisco de Assis, Lutero, Kardec, Gandhi, para citar alguns nomes.
Mas, o ponto em que eu quero chegar é que, não existe uma corrente detentora de toda a Verdade, pois ela foi espalhada por todo o globo. Jesus disse isso na parábola do semeador.
Se alguém quiser encontrar essa dita Verdade, tem que se desprender do livro único, e estudar as várias outras doutrinas existentes. Procurar estendê-las, passando tudo pelo crivo da razão. Não há necessidade de se aprofundar em todas elas, o que seria impossível, dado o número expressivo de religiões espalhadas pelo mundo, surgindo novos núcleos diariamente. Basta uma leitura nos fundamentos de algumas, as mais populares pelo menos.
As duas regras mais importantes são: sempre passar tudo pela peneira da razão, observando aquilo que pode ser aplicado em qualquer lugar e em qualquer tempo, diferenciando assim o que é lei universal do que é convenção humana, e nunca se prender a uma única fonte.

Estude, instrua-se, desenvolva seu senso crítico, liberte-se.
“… conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará...” (João 8:32).

Um Abraço Fraterno.