O Balde pequeno
Conheço uma
psicóloga que outro dia me contou a seguinte história:
Ela
trabalhava em um hospital, junto com crianças que, devido ao
tratamento agressivo, ficavam com a imunidade baixa.
Havia neste
hospital um parquinho onde, as crianças que estavam com a imunidade
um pouco melhor, podiam brincar.
Bem, ela me contou
que uma menininha em espacial chamou sua atenção. Esta menininha
estava sempre se envolvendo com as outras crianças, tentando, a todo
custo ajudar os outros coleguinhas de infortúnio.
Obviamente ela não
conseguia ajudar a todos, e se sobrecarregava com isto.
Num dia em que esta
menininha pode ir ao parquinho, a psicóloga a acompanhou.
A menininha quis
brincar no castelinho, junto com as crianças maiores do que ela, e
foi direto brincar com areia. Pegou logo de cara o balde maior. A Tia
perguntou:
- Este balde não é muito grande? Você vai conseguir
carregar?
- Posso sim Tia, com
ele eu carrego mais.
- Mas não é melhor
você pegar um balde menor?
- Não Tia, com esse
demora muito.
Então a Tia não
interferiu mais, mas também não ajudou. Apenas ficou por perto
observando, e obviamente cuidando para que ela não se machucasse na
empreitada.
Bem, aconteceu o
que era de se esperar: a menininha encheu o balde até derramar, e
não conseguiu erguer.
Foi a vez da Tia
intervir mais uma vez: Por que você não usa o menor?
- Mas Tia, vai
demorar muito.
- Eu sei, mas, pelo
menos, você estará fazendo dentro do seu limite. Não adianta você
tentar carregar tudo de uma vez, além da sua capacidade. É melhor
você fazer um pouquinho de cada vez.
E foi o que
aconteceu. A menina esvaziou o balde grande, pegou o menor, e
transportou a areia em várias viagens, tudo dentro do seu limite.
Deixo a moral da
história para você, caro leitor.
Um Abraço
Fraterno.
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