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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O Balde pequeno

      Conheço uma psicóloga que outro dia me contou a seguinte história: 
      Ela trabalhava em um hospital, junto com crianças que, devido ao tratamento agressivo, ficavam com a imunidade baixa.
      Havia neste hospital um parquinho onde, as crianças que estavam com a imunidade um pouco melhor, podiam brincar.
      Bem, ela me contou que uma menininha em espacial chamou sua atenção. Esta menininha estava sempre se envolvendo com as outras crianças, tentando, a todo custo ajudar os outros coleguinhas de infortúnio.
      Obviamente ela não conseguia ajudar a todos, e se sobrecarregava com isto.
      Num dia em que esta menininha pode ir ao parquinho, a psicóloga a acompanhou.
      A menininha quis brincar no castelinho, junto com as crianças maiores do que ela, e foi direto brincar com areia. Pegou logo de cara o balde maior. A Tia perguntou:
     - Este balde não é muito grande? Você vai conseguir carregar?
     - Posso sim Tia, com ele eu carrego mais.
     - Mas não é melhor você pegar um balde menor?
     - Não Tia, com esse demora muito.
      Então a Tia não interferiu mais, mas também não ajudou. Apenas ficou por perto observando, e obviamente cuidando para que ela não se machucasse na empreitada.
      Bem, aconteceu o que era de se esperar: a menininha encheu o balde até derramar, e não conseguiu erguer.
      Foi a vez da Tia intervir mais uma vez: Por que você não usa o menor?
     - Mas Tia, vai demorar muito.
     - Eu sei, mas, pelo menos, você estará fazendo dentro do seu limite. Não adianta você tentar carregar tudo de uma vez, além da sua capacidade. É melhor você fazer um pouquinho de cada vez.
      E foi o que aconteceu. A menina esvaziou o balde grande, pegou o menor, e transportou a areia em várias viagens, tudo dentro do seu limite.

      Deixo a moral da história para você, caro leitor.

      Um Abraço Fraterno.