Anotações de Luz.
Você pede rumo certo
Para o caminho em que avança;
Mas você mesmo é quem guarda
Sua própria segurança.
Obrigação, que se abraça,
Tem força de compromisso.
Em favor de sua paz
Não tente esquecer-se disso.
Proteja o corpo em que vive
Para as tarefas do bem;
O lavrador que produz
Preserva a enxada que tem.
Transforme o tempo em serviço,
Lembrando, em linhas gerais,
Que a vida volta no tempo,
Mas o tempo, nunca mais.
Conserve constantemente
Verbo limpo e mente sã.
O que possa fazer hoje
Não deixe para amanhã.
No socorro aos semelhantes,
Cooperação é dever;
A consciência tranqüila
Não tem questões a temer.
Cada aluno está na escola
Para a lição, tal qual é.
Perante ofensas, perdoe:
Perante lutas, mais fé.
Ante amarguras, trabalhe;
Se há provações a transpor,
Nas sombras que se avolumam,
Trabalhe com mais amor.
Olvidar-se e ser mais útil
Dissolve qualquer pesar.
Para a bênção de servir
Nunca se faça esperar.
Estude, eleve, construa
E nada fará em vão.
Recorde: a luz da verdade
Não conhece oposição.
Autor: Casimiro Cunha, Médium: Chico Xavier.
Um Abraço Fraterno.
Abraço Fraterno
O objetivo deste blog é uma tentativa de dividir com outras pessoas minhas reflexões sobre o mundo, e convidá-las a também refletir, com os "pés no chão", enxergando não a superfície, mas a essência das coisas. Quanto ao título, é a forma como, já há muito tempo, eu costumo assinar meus artigos, cartas e-mails, etc. É um desejo sincero, e é o que eu quero oferecer a você. Concordando ou não, eu gostaria de saber da sua opinião, me ajudando também a melhorar minha visão do mundo.
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domingo, 3 de janeiro de 2016
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
O Balde pequeno
Conheço uma
psicóloga que outro dia me contou a seguinte história:
Ela
trabalhava em um hospital, junto com crianças que, devido ao
tratamento agressivo, ficavam com a imunidade baixa.
Havia neste
hospital um parquinho onde, as crianças que estavam com a imunidade
um pouco melhor, podiam brincar.
Bem, ela me contou
que uma menininha em espacial chamou sua atenção. Esta menininha
estava sempre se envolvendo com as outras crianças, tentando, a todo
custo ajudar os outros coleguinhas de infortúnio.
Obviamente ela não
conseguia ajudar a todos, e se sobrecarregava com isto.
Num dia em que esta
menininha pode ir ao parquinho, a psicóloga a acompanhou.
A menininha quis
brincar no castelinho, junto com as crianças maiores do que ela, e
foi direto brincar com areia. Pegou logo de cara o balde maior. A Tia
perguntou:
- Este balde não é muito grande? Você vai conseguir
carregar?
- Posso sim Tia, com
ele eu carrego mais.
- Mas não é melhor
você pegar um balde menor?
- Não Tia, com esse
demora muito.
Então a Tia não
interferiu mais, mas também não ajudou. Apenas ficou por perto
observando, e obviamente cuidando para que ela não se machucasse na
empreitada.
Bem, aconteceu o
que era de se esperar: a menininha encheu o balde até derramar, e
não conseguiu erguer.
Foi a vez da Tia
intervir mais uma vez: Por que você não usa o menor?
- Mas Tia, vai
demorar muito.
- Eu sei, mas, pelo
menos, você estará fazendo dentro do seu limite. Não adianta você
tentar carregar tudo de uma vez, além da sua capacidade. É melhor
você fazer um pouquinho de cada vez.
E foi o que
aconteceu. A menina esvaziou o balde grande, pegou o menor, e
transportou a areia em várias viagens, tudo dentro do seu limite.
Deixo a moral da
história para você, caro leitor.
Um Abraço
Fraterno.
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Conhecereis a Verdade...
Ao contrário do que
muita gente apregoa, as leis divinas não foram ofertadas em um único
ponto do globo, nem em um único momento e, muito menos, a um único
povo
Desde que o ser
humano começou a desenvolver o discernimento, mensageiros tem sido
enviados, a todos os povos e todos os pontos do globo, trazendo
preceitos de moral e fraternidade.
Todavia, quando
estes mensageiros terminam sua missão e retornam, logo os discípulos
que ele formou começam a se organizar e surge uma nova corrente
religiosa. Junto com esta organização surge a hierarquia, e começam
a aparecer líderes que se intitulam os embaixadores do seu profeta,
e até mesmo, intermediários entre a humanidade e A Divindade.
Então, quando os
preceitos começam a se distanciar demais do original, um novo
mensageiro vem para recolocar a coisa nos trilhos.
Infelizmente nem
todos aceitam estas correções, ocorrendo normalmente uma cisão em
uma nova corrente religiosa. O novo grupo passa a ser chamado de
rebelde, ou na melhor das hipóteses, progressista, e os que insistem
em manter a versão anterior são chamados de conservadores ou
ortodoxos.
Não é incomum uma
parte destes conservadores tomarem uma posição radical, tornando-se
violentos. Estes são os fundamentalistas.
Antes que alguém
pense que me refiro especificamente ao Islã (que aliás eu respeito)
quero lembrar que o Judaísmo também teve a sua fase fundamentalista
quando perseguiu e executou sumariamente os primeiros cristãos, e a
Igreja Católica também quando organizou cruzadas e instituiu a
santa inquisição, isto só para mencionar alguns casos, pois com um
pouco de pesquisa o leitor poderá encontrar registros de fases
fundamentalistas em outras religiões.
Em um determinado
momento da história, O Cristo, que eu aprendi a respeitar como O
Divino Arquiteto do nosso planeta, julgou necessário peneirar tudo o
que já se havia dito, separando o joio do trigo, como Ele mesmo
disse. E para dar autoridade ao peneirado, ele veio pessoalmente
fazer o trabalho.
Ele teria
capacidade de vir em vários pontos simultaneamente, mas novamente
aconteceria a confusão, pois cada nova corrente que nascesse, seus
discípulos reinvindicaríam o direito de posse à Verdade. Sendo
assim, escolheu vir na região que tinha melhores condições de
disseminar sua cultura mundo afora e através dos tempos, e no meio
de um povo cujas leis morais estivessem mais próximas dos preceitos
que tinha para enunciar. No primeiro caso eu me refiro ao Império
Romano, e no segundo caso ao povo judeu.
Mas Ele mesmo já
sabia que com o passar do tempo suas palavras seriam distorcidas, e
com interpretações equivocadas. Deixou claro que não seria
possível dizer tudo naquele momento, que no futuro enviaria outro
mensageiro pra ir aparando as arestas que naturalmente iriam surgir.
Na verdade Ele
enviou vários outros como Francisco de Assis, Lutero, Kardec,
Gandhi, para citar alguns nomes.
Mas, o ponto em que
eu quero chegar é que, não existe uma corrente detentora de toda a
Verdade, pois ela foi espalhada por todo o globo. Jesus disse isso na
parábola do semeador.
Se alguém quiser
encontrar essa dita Verdade, tem que se desprender do livro único, e
estudar as várias outras doutrinas existentes. Procurar estendê-las,
passando tudo pelo crivo da razão. Não há necessidade de se
aprofundar em todas elas, o que seria impossível, dado o número
expressivo de religiões espalhadas pelo mundo, surgindo novos
núcleos diariamente. Basta uma leitura nos fundamentos de algumas,
as mais populares pelo menos.
As duas regras mais
importantes são: sempre passar tudo pela peneira da razão,
observando aquilo que pode ser aplicado em qualquer lugar e em
qualquer tempo, diferenciando assim o que é lei universal do que é
convenção humana, e nunca se prender a uma única fonte.
Estude, instrua-se,
desenvolva seu senso crítico, liberte-se.
“… conhecereis
a Verdade, e a Verdade vos libertará...” (João 8:32).
Um Abraço
Fraterno.
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Aprenda...
APRENDA:
QUANDO OUVIRES, DUVIDA DOS TEUS OUVIDOS;
QUANDO VERES, DUVIDA DOS TEUS OLHOS;
E, QUANDO FALARES...
...BEM,
...NA DÚVIDA NÃO FALES.
Um Abraço Fraterno
Antonio Canhedo
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
O Livre Arbítrio.
Quando nascemos encontramos um mundo pronto, com leis,
naturais e humanas, já prontas, as quais regem as nossas vidas e,
malgrado nosso, nossos atos e vontades.
Onde então o livre arbítrio?
De fato tudo já está pronto, a duração dos dias e
noites, a duração de nossa vida, as doenças as quais somos
suscetíveis, a necessidade de trabalhar para a sobrevivência, as
estações climáticas, com frio e calor, as pessoas com todos os
seus defeitos, o planeta em si, com suas matérias-primas, próprias
e limitadas. Nada disso podemos mudar de acordo com nossas
conveniências.
Mas de uma coisa somos senhores: da forma como nos
posicionamos e comportamos diante de tudo. Aí está o nosso livre
arbítrio.
O Cristo nos asseverou que o Pai faz erguer o sol sobre
bons e maus e chover sobre justos e injustos(Mt-5,45).
Não podemos adiantar ou retardar estes eventos, mas
podemos aproveitá-los em nosso favor.
Enquanto alguns se encolhem sob algum abrigo,
reclamando da chuva que não os deixam sair para se divertirem,
outros criam sistemas de recolhimento e armazenamento para aproveitar
a água da chuva, a ser utilizada na rega do jardim ou na lavagem do
carro, reduzindo assim a conta de água.
Muitos reclamam do calor, outros aproveitam a estiagem
para fazer a limpeza do telhado, ou pintar a casa.
Para os primeiros, a chuva ou o sol, são entraves,
para os últimos são bençãos.
O mesmo raciocínio vale para as relações humanas.
Quando alguém te critica, fica com você a escolha de
como receber e avaliar esta crítica. Você pode ver o crítico como
um adversário, que quer derrubá-lo a qualquer custo, ou pode tê-lo
como um observador atento, que o ajuda a detectar seus pontos fracos,
pontos que precisam ser melhorados, de uma forma que um amigo não
faria, ou por gentileza ou por só ver em você qualidades. O crítico
pode ser seu inimigo, ou pode ser seu bem feitor.
O que faz de alguém seu inimigo não é o efeito dos
seus atos ou palavras, e sim a intenção de fazer-lhe ou não mal,
afinal os amigos, muitas vezes, também nos fazem mal, apesar de bem
intencionados. Um amigo, que te oferece um cigarro, por exemplo, não
o faz por querê-lo mal.
*********
Ter uma postura positiva diante de tudo é a melhor
maneira de encontrar o lado útil dos eventos.
Pense nisso.
Um Abraço Fraterno
Antonio Canhedo
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Os filhos de Deus
É comum nas diversas religiões, os sacerdotes e
praticantes apregoarem que você não nasce filho de Deus, mas se
torna; e, de preferência, na igreja deles.
Argumento eu: se Deus criou tudo e todos, então somos
todos filhos de Deus.
Respondem eles que somos criaturas de Deus, e,
depois, de acordo com as regras ensinadas por estas igrejas, nos
tornamos filhos de Deus.
Para mim parece mais uma questão de semântica que
filosófica.
Então comecei a pesquisar na Bíblia, que é o livro
de cabeceira de todo cristão.
Mas a coisa continua confusa.
No Velho Testamento, o termo filho de Deus é usado em
ocasiões sem conta (bom, eu, pelo menos, não me dei ao trabalho de
contar), todavia a conotação varia de acordo com o autor.
Pensando em afinar mais o critério, foquei nas
palavras de Jesus.
Por mais veneráveis tenham sido os outros autores,
eram homens como eu; Jesus porém, mesmo tendo nascido como eu,
trouxe consigo sua incontestável autoridade, acima de todos os
outros autores, sendo, portanto, fonte fiel.
Um detalhe: Jesus não deixou gravada nenhuma linha.
Então temos que colher suas palavras nos livros
escritos por aqueles que as registraram, os seus Apóstolos, e seus
discípulos.
Fiquei surpreso ao constatar que nos Evangelhos
acontecem também as conotações sob ponto de vista pessoal.
Em apenas um versículo, de toda a Bíblia, Jesus diz,
clara e objetivamente, quem será chamado de filho de Deus:
Mt
- 5,9. Bem-aventurados
os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
Os
pacíficos serão chamados de filhos de Deus.
Existe
mais alguma condição? Não sei. Se existe, Jesus não disse. Ou
talvez não disse por que não existe.
O que posso afirmar
com segurança é que, para ser chamado de filho de Deus, eu devo ser
pacífico. Todas as outras condições apregoadas são conclusões
baseadas em opiniões pessoais; muitas das quais veneráveis, é
verdade, mas são pontos de vista, dignos de análise criteriosa,
antes de serem aceitas.
O que é ser
pacífico então?
O dicionário
Aurélio define Pacífico como amigo da paz, sossegado,manso,
tranquilo.
Interessante notar
que Jesus, em várias ocasiões saudava as pessoas com "Que a
Paz esteja convosco".
A Paz recebeu
tamanha importância de Jesus, ao ponto de Ele definir os pacíficos
como filhos de Deus; Ele se declarou manso e humilde(Mt-11,29), que
são sinônimos de pacífico, e declarou que os mansos possuirão a
terra (Mt-5,5).
Recomendou e
desejou a Paz:
Mt-10,12
- Entrando numa casa,
saudai-a: Paz
a esta casa.
Mc-5,34
- Mas ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz
e sê curada do teu mal.
Mc-9,50
- Tende sal em vós e vivei
em paz
uns com os outros.
Lc-2,14
- Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz
aos homens, objetos da benevolência.
Lc-24,36
- Enquanto ainda falavam dessas coisas, Jesus apresentou-se no meio
deles e disse-lhes: A paz
esteja convosco!
Jo-14,27
- Deixo-vos a paz,
dou-vos a minha paz.
Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração,
nem se atemorize!
Jo-16,33
- Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz
em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo.
E
as citações não param por aí.
E, se você, caro leitor, conseguiu encontrar nas Sagradas Escrituras, algo diferente, divida conosco.
E, se você, caro leitor, conseguiu encontrar nas Sagradas Escrituras, algo diferente, divida conosco.
*
* * * *
Ser
Pacífico, semear a Paz.
Ser
chamado Filho de Deus.
Um
Abraço Fraterno,
Antonio
Canhedo.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Quando um de nós morre...
Usamos então os mais
variados termos: foi embora, subiu, foi para o céu, nos deixou,
partiu na frente, descansou.
Isto por que tentamos
amenizar, muito mais por nós, numa tentativa de facilitar a
aceitação daquilo que ainda não assimilamos, da "ficha que
não caiu".
Falo na primeira
pessoa do plural, porque este também é meu sentimento.
No meu caso, em
particular, pesa a lacuna do que não foi conversado, do que não foi
dito, do que não foi compartilhado.
Fica a lacuna de não
ter tido tempo de desfrutar da companhia de um Amigo de longa data,
que eu não tive tempo de conhecer.
Quantas experiências
a absorver, quantas histórias a ouvir, quantos pontos em comum para
concordar, e divergências a discutir.
Quanta Amizade para
desfrutar.
Mas, a Divina
Soberania deve ser respeitada. Engolimos o choro, em respeito e
confiança Àquele que a tudo rege.
Pai, perdoe-nos a
tristeza.
Não é por falta de
Fé não, é só saudade mesmo.
Mas que seja feita a
Tua vontade, e não a nossa, pois é a Tua que conta.
Vá com Deus, Amigo
Alfredo.
Um Abraço Fraterno
Antonio Canhedo
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Esperança e expectativa
Esperança
e expectativa são coisas muito próximas, mas com uma diferença
essencial: a expectativa é baseada em probabilidades, algo que,
conforme um projeto, um histórico, etc... tem tudo para acontecer,
mas, como está no futuro, guarda um grau de incerteza.
Já
a esperança é baseada na Fé, na confiança.
Um
exemplo para entendermos melhor:
Imagine
você em um carro, você precisa parar e pisa no freio. Você tem a
expectativa de que ele vai parar o carro, porque foi projetado para
isso, você faz as manutenções periódicas, e ele sempre parou o
carro, logo, tudo indica que desta vez vai parar de novo.
Mas,
por alguma razão, o freio não atuou. A certeza foi embora.
O
que surge então? A esperança de que outra coisa vai parar o carro.
O
que seria esta outra coisa? Bom isto é outra divagação.
Cada
um deposita sua esperança no que lhe é peculiar.
No
meu caso, em particular, minha esperança é em Deus, pois a minha fé
é direcionada a Ele, porque fé é isto, é confiança.
Alguém
já disse que a esperança não é a última que morre, e sim a
última que nasce.
Quando
tudo aquilo que era concreto e certo desaparece, quando o esteio rui,
quando o chão afunda, quando a saúde vai embora, começa a nascer a
esperança.
E
o tamanho desta esperança é proporcional ao tamanho da nossa fé,
que por sua vez, é respondida de acordo com o objeto da nossa fé.
Alguns
tem fé no dinheiro, afinal o dinheiro compra tudo. Outros tem fé
nas autoridades, que afinal mandam em tudo. Outros tem fé na
amizade, afinal os amigos são para todas as horas.
A
lista é grande.
Mas
todas estas coisas, são coisas. No fundo também são expectativas,
por que são baseadas em históricos e probabilidades, e são
humanas, o que piora tudo. São falíveis.
Já
a fé em Deus é baseada no Imutável, nAquele que criou tudo e
todos, no Onipotente, Onipresente e Onisciente.
Saiamos
do exemplo dado acima, porque nele o tempo de resposta é curto.
Vamos
pensar em formas mais belas da esperança.
A
esperança de trazer de volta ao caminho reto um filho desorientado.
Ou o restabelecimento da saúde de um ente amado.
São
esperanças que temos, sustentadas pela nossa fé nO Criador.
Mas
a resposta a nossa esperança requer alguma contra partida.
O
Criador não exige um pagamento em troca, mas nós precisamos nos
colocar em posição de receber a resposta à nossa esperança.
Paulo,
num de seus voos ao alto, escreveu o lindo poema que é o capítulo
XIII, na primeira epístola que escreveu ao povo de Coríntio. Neste
capítulo, quando ele fala nas três virtudes teologais, fé,
esperança e caridade, nos dá o caminho para nos colocar em condição
de receber as respostas às nossas esperanças. A maior das três
virtudes, a Caridade.
E
vai além, quando descreve o que é caridade, de uma forma
inequívoca:
Verso
4. A Caridade é paciente, é benigna; a caridade não é
invejosa; a caridade não faz sem razão, não se incha.
Verso 5.
Não trata indecentemente; não busca seu proveito; não se agasta;
não cuida mal.
Verso 6.
tudo encobre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Verso 7.
a caridade nunca se perde.
A
prática da caridade é o que nos coloca na condição de sermos
merecedores das respostas às nossas esperanças.
Talvez
você esteja se perguntando: E o amor a Deus?
O
amor a Deus é a condição magna, mas como João nos explica, se não
amamos nosso semelhante, a quem vemos, como amaremos a Deus, a quem
não podemos ver?
Amar
a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, é louvar
a Deus dando graças por tudo, e praticar a caridade com o nosso
semelhante.
Esta
é a Lei, estes são os Profetas.
Esta
é a minha Esperança.
Um
Abraço Fraterno
Antonio
Canhedo
P.S.:
citações bíblicas copiadas da tradução feita por João Ferreira
de Almeida, 1ª edição, impressa pela Companhia da India Oriental,
em 1681.
terça-feira, 16 de julho de 2013
Os elefantes voadores
Em dado momento, ouvem
um barulho forte, que vem se aproximando: praum, praum, praum...
Olham para o céu e
veem um elefante voando ( o barulho é das asas batendo).
Observam calados. O
elefante some no horizonte, e os dois, sem dizer palavra, retornam ao
que estavam fazendo.
Passados alguns
minutos, o mesmo barulho, mais forte: Praum, Praum, Praum...
Olham para o céu, e
desta vez veem dois elefantes voando, seguindo na mesma direção do
outro.
Os caipiras observam
intrigados os dois paquidermes sumindo no horizonte. Como antes,
nenhum fala nada, e voltam aos seus cigarrinhos de palha.
Mais alguns minutos, o
barulho ressurge, e bem mais forte: PRAUM, PRAUM, PRAUM...
Agora são quatro
elefantes alados, voando para o horizonte.
Quando os animais
somem, um deles não se aguenta e diz:
- O que é que ocê
me diz cumpadi?
Este
olha para o horizonte, coça o queixo e responde:
-Eu acho que o
ninho deles é pra lá?
*
* * * *
Você
pode não saber explicar o que vê, você pode até não entender o
que vê, o que você não pode é negar o que vê.
texto
escrito com base em anedota contada por Rolando Boldrin, no programa
Sr. Brasil de 07 de julho de 2013.
terça-feira, 9 de julho de 2013
Oração de Dante
E todas a trilhas ficaram cobertas
Quando os padres do orgulho disseram que não havia outro
caminho
Cultivei mágoas de pedra
Eu não acreditava porque não podia ver
Embora tu vieste a mim pela noite
Quando o amanhecer pareceu perdido para sempre
Mostraste-me o teu amor na luz das estrelas
Lance seus olhos ao oceano
Lance sua alma ao mar
Quando a noite escura parecer infinita
Por favor, lembre-se de mim
Então a montanha se elevou diante de mim
Pelo profundo poço dos desejos
Da fonte do perdão
Além do gelo e do fogo
Lance seus olhos ao oceano
Lance sua alma ao mar
Quando a noite escura parecer infinita
Por favor, lembre-se de mim
Embora partilhemos deste humilde caminho, sozinhos
Como é frágil o coração
Oh, dê a estes pés de barro - asas para voar
Para tocar a face das estrelas
Sopre vida dentro deste fraco coração
Suspenda este véu mortal de medo
Leve estas esperanças despedaçadas, marcadas com lágrimas
Nos ergueremos sobre estas preocupações mundanas
Lance seus olhos ao oceano
Lance sua alma ao mar
Quando a noite escura parecer infinita
Por favor, lembre-se de mim
Por favor, Lembre-se de mim...
Tradução da música Dante’s
Payer, do álbum The Book of Secrets, de Loreena McKennitt-Quinlan Road, Warner
Bros,1997
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