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sábado, 25 de junho de 2011

Fazendo a sua parte

Creio que todos concordam que, nos dias de hoje, a falta de respeito ao semelhante, ao seu espaço e aos seus direitos atingiu um ponto insustentável, e quando parece que chegamos as raias da loucura, chegam notícias de que algo mais absurdo aconteceu. São filhos desrespeitando os pais, e se não respeitam os pais, muito menos os professores, pessoas tirando a vida de seu semelhante, não mais por um maço de cigarros, mas por falta do que fazer, crimes bárbaros, o poder publico, que deveria, por força da constituição, proteger o cidadão, pura e simplesmente se omitindo, e por aí vai.
Então nos perguntamos onde isto vai parar, quando deveríamos tentar entender qual a origem de tudo.
A raiz, caro leitor, assim como toda raiz, começa com sementes, não raras pequenas. Uma em particular é a mais importante: cada um fazer a sua parte.
Você provavelmente esta pensando: "-Eu faço a minha parte..."
Faz mesmo?
Então responda as seguintes perguntas:
*Você está em um ônibus, sentado, os acentos preferenciais estão ocupados por pessoas mais jovens que você. Entra uma senhora idosa. Você pensa: - Quem deveria dar o lugar são estes outros, que alem de serem mais jovens que eu, estão ocupando o lugar reservado. Ou você se levanta e dá o seu lugar?
*Você está em uma estrada, dia de sol, asfalto novo, até onde se vê não vem nenhum carro em sentido oposto, entra em um retão que deve ter uns 5 km, e, de cara, uma placa sinalizando que a velocidade máxima é de 60km/h. Você acelera e deixa o carro deslanchar, ou reduz para a velocidade permitida?
*Você faz uma compra e paga com dinheiro. O caixa te devolve o troco a mais, dez centavos apenas. Você devolve?
*Você tem os cabelos brancos, mais ainda falta muito para os 65. Na fila do banco, o caixa te chama para atendimento especial. Você fura a fila?
*Você respeita todos os sinais vermelhos no transito?
*Se você é fumante, você ensina para seus filhos que fumar faz mal?
*Você tem paciência com seus pais?
Pois é, caro leitor, estas são as sementes que geram as raízes dos grandes males. Achar que todos têm que cumprir seus deveres é muito fácil, mas cumprir os nossos, muitas vezes significa renunciar as nossas vontades, mas é o único caminho para termos uma vida em sociedade. O velho ditado de que o seu direito termina onde começa o do outro precisa ser mais do que nunca obedecido.
Quando você tolera pequenas sementes como as que eu mencionei acima, a sua tolerância vai aumentando, e um dia você vai achar normal tirar uma vida, chegando a acreditar que, sob certas justificativas, tudo pode. Acha que estou exagerando? Então me diga: Você é a favor da pena de morte?
Interessante não é? Matar é errado, mas em certos casos...
Hoje vemos nossos velhos desrespeitados e abandonados, velhos que quando jovens construíram uma sociedade onde, o que os velhos diziam era antiquado e o mundo era dos jovens.
Meus amigos, não esperem o mundo melhorar para começar a cumprir as regras. Acreditem na experiência dos mais velhos, respeitem o seu semelhante como você gostaria de ser respeitado. O mundo somos nós, a sociedade somos nós. Talvez você seja um beija-flor tentando apagar o incêndio, mas já imaginou um milhão de beija-flores atacando o incêndio, incentivados pelo exemplo de um.
Comece hoje, agora, dê o exemplo, e quem sabe, quando partir, alguém escreva: aqui jaz alguém que faz falta, porque plantou sementes boas.
Um abraço fraterno
Antonio Canhedo

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