A exemplo
dos aleijados físicos, que tem algum tipo de deficiência física,
existe um outro tipo de aleijão: o aleijado moral.
Não é
aquele que desconhece o que é certo ou errado, este é o ignorante.
O aleijado
moral é aquele que tem consciência de que está errado, mas não
sente remorso pelo que faz. E são mais comuns do que se pensa.
De certa
forma, todos nós o somos, em maior ou menor grau. Nos comportamos
como aleijados morais quando desrespeitamos as leis de transito,
furamos uma fila, aceitamos troco a mais e não devolvemos,
caluniamos alguém, etc...
Falemos
sobre os casos mais graves, falemos sobre os criminosos. São pessoas
que tomam os bens alheios, machucam e tiram vidas, e conseguem
conviver normalmente com isso.
Salvo casos
de patologias mentais, estas pessoas são frutos do meio. A falta de
acesso a escola contribui em muito, mas a estrutura familiar tem
papel importante. Uma família desajustada moralmente é o ambiente
propicio. E a responsabilidade não se restringe ao curto circulo
familiar, o meio social também tem peso no processo, e a medida em
que o indivíduo cresce e começa a se relacionar com a vizinhança,
depois com o bairro, e a cidade, a interação com a cultura vai
gravando marcas fundas.
Daí então
outro fator começa a ter sua ação, que é a personalidade que se
traz ao nascer, aquela que já faz parte da nossa historia milenar no
revezamento das encarnações.
O indivíduo
ao nascer já traz consigo suas más tendencias, e o meio pode
direcioná-las a correção, ou agravá-las.
Aí, Amigo
leitor, começa a sua parcela neste processo. Cada vez que você
tolera pequenos desvios de conduta, ou os comete conscientemente,
está contribuindo para criar ou manter um ambiente cultural onde o
aleijado moral encontra campo para expandir os hábitos que ele
deveria estar corrigindo.
Sim, o
aleijado moral deve ser responsabilizado por seus atos, mas nós
temos a nossa parcela de culpa, por menor que seja, e, assim como ele
responderá diante da Divina Providência pelo mal que fez, você
também terá que responder pelos maus exemplos que deu, contribuindo
para mantê-lo desviado do caminho do progresso.
A cura para
este mal está nas leis morais que O Cristo nos trouxe :Amar a Deus
sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo.
Temos a
obrigação de ser éticos em nossa conduta, não nos julgando santos
ou virtuosos, mas com simplicidade e sem alarde, afinal não estamos
fazendo mais que cumprir uma obrigação. Basta fazer a sua parte,
da melhor forma possível, sempre se perguntando a cada passo como
você gostaria de ser tratado e o que você gostaria que te fizessem.
Comece hoje
a fazer a sua parte, e, quem sabe, ons nossos netos possam ter um
meio melhor e mais ético para viver, tendo como preocupação a
sobrevivência através do trabalho, livres do fardo de ter que se
proteger dos semelhantes.
Um Abraço
Fraterno
Antonio
Canhedo
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