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sábado, 9 de julho de 2011

Entendendo o Pai Nosso.

          Uma das orações mais recitadas, talvez a mais, é a que Jesus nos ensinou, o Pai Nosso.
          Porem, você já parou para refletir no que está dizendo e pedindo? Ou simplesmente recita?
          Nesta oração, primor de criatividade por ser curta, simples, objetiva e completa, encontramos a adoração, a submissão, o compromisso e a súplica, desde material quanto espiritual, num roteiro pelo qual deveriam passar todas as orações que formulamos.

          Vamos observar cada uma das passagens.

          - Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome;
          Você começa reconhecendo-O como nosso criador, Pai maior, posicionando-O acima de nós, tanto hierarquicamente, quanto fisicamente, adorando-O, santificando seu nome.

          -Venha a nós o vosso reino;
          Aqui está a submissão, onde se entende que um reino é formado por leis e regras, e que, se estamos pedindo que este reino venha a nós, estamos nos propondo a seguir este conjunto de leis.

          -Seja feita a vossa vontade; assim na terra como no céu.
          Ato de completa resignação aos desígnios de Deus, não só em nossa esfera imediata, mas também nas esferas distantes.

          -O pão nosso de cada dia, nos daí hoje;
          Iniciam-se as suplicas, começando pelas necessidades físicas. Considere que o próprio Cristo disse que nem só de pão vive o homem, então quando você pede pelo pão, está englobando o restante, mas focando o essencial. O supérfluo fica de fora.

          -Perdoai as nossas dividas (ou ofensas);
          Também súplica, desta vez pela misericórdia divina. Também é um reconhecimento de que falhamos com o nosso semelhante. Usar o termo dívida ou ofensa é uma escolha pessoal, sendo que o sentido neste caso é o mesmo. Observe que você esta abrangendo não só as agressões abertas, mas também aquelas discretas, indiretas, e até mesmo os pensamentos não externados, e as vontades não concretizadas apenas por falta de oportunidade.

          -Assim como nós perdoamos aos nossos devedores (ou quem nos tem ofendido);
          Acredito que esta seja a frase mais grave e a menos refletida da oração, pois estamos pedindo ao Criador que utilize conosco da mesma indulgência que utilizamos com os outros, que nos perdoe na mesma proporção que perdoamos, que nos julgue com nossa própria balança. Em outras palavras, que não nos perdoe se não perdoamos aos nossos semelhantes.

          -Não nos deixeis cair em tentação;
           As tentações virão. Pedimos então que Deus nos dê uma forma de não cedermos a elas. Esta forma vem muitas vezes na forma de conselhos de amigos, mais velhos, lideres, ou na forma de “vozes” em nossa própria consciência, indicando o caminho certo a seguir. Se vamos ou não seguir, bom, isto é com nosso livre-arbítrio, mérito ou culpa inteiramente nossa.

          -Livrai-nos do mal;
          Auto-explicativo.

          -Amém.
          Por fim, a conclusão.
          Vem do grego, e significa “assim seja”. Ambas as expressões são comumente usadas.

          Na próxima vez que for recitar esta oração, faça-a lenta e calmamente, refletindo sobre o significado da cada frase, e nos compromissos que você estará assumindo.

          Uma dica: Evite fazer adendos, pois ela já é completa, e exercite orar de improviso, falando do que lhe vem no coração.
          Lembre-se, Deus o criou, e sabe dos seus pensamentos mais profundos. É seu Pai, o ama e quer seu bem. Não tenha receios de se abrir com Ele.

Um abraço fraterno.

Antonio Canhedo

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