São sempre notícia, aqueles que partem das “maiorias” contra
as “minorias”. As manipulações das notícias, atendendo aos
assuntos que estão em moda, omitem muitos fatos, tão ou mais
graves, que nunca são dignos de nota.
Se você for analisar, dado a grande diversidade, todos nós somos
diferentes da maioria dos outros indivíduos do nosso meio, e fazemos
parte de alguma minoria no grupo. As vezes somos o mais novo, ou o
mais velho, nosso cabelo é diferente, usamos óculos, somos obesos,
nascemos em outro estado, adotamos uma doutrina religiosa diferente.
E sempre haverá alguém que aproveita esta diferença para fazer uma
anedota, ou nos hostilizar, por medo inconsciente de afetarmos a
estabilidade social do grupo.
Aí vemos casos de pessoas com pouca renda fazendo comentários
constrangedores contra outros de situação financeira melhor.
Vemos
grupos musicais, todos da mesma cor de pele, darem-se nomes, que
ditos por pessoas de outra cor, seriam considerados ofensa. Vemos
comportamentos considerados escandalosos ou ridículos quando
praticados por qualquer pessoa, independente do seu sexo, mas que
devem ser tolerados quando adotado por determinado grupo.
O direito sagrado de ser diferente é de todos.
Dar proteção privilegiada a alguns, e a outros não, isto sim é a
pior forma de discriminação, é a discriminação regulamentada.
E o prior é que agrava o problema, pois também regulamenta a
existência clara e identificável de uma diferença do protegido em relação a
maioria.
Pense bem na lógica inconsciente da coisa: se você é diferente,
você não é igual, e para haver igualdade de direitos, é preciso
que todos sejam iguais.
Se você próprio se reconhece como diferente, irá fatalmente ter
seus direitos diferenciados.
O preconceito é um fenômeno social, e tem dinâmica própria.
Criar leis tentando proibi-lo é ineficiente, e só piora, pois cria
uma barreira de proteção, que estimulará outros grupos a tentar
derruba-la ou contorná-la.
Não vejo outro caminho que não o da educação e da
conscientização.
Parafraseando Sócrates, se educarmos as crianças, não
precisaremos punir os adultos.
A educação gera segurança, e a segurança alicerça o respeito.
Daí está mais perto da fraternidade, onde todos nos vejamos como
irmãos, filhos do mesmo Pai Maior, discípulos do mesmo Mestre.
Invistamos mais na educação e ensinemos nossas crianças que somos
todos iguais, da mesma raça... A raça humana.
Um Abraço Fraterno
Antonio Canhedo
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